O formato escolhido pelo governo brasileiro tem a intenção de criar um ambiente íntimo, no qual os chefes de Estado possam conversar, sem interrupções e grandes delegações por perto, sobre a ideia do Brasil de reativar a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), entre outros temas da agenda regional, de acordo com o jornal O Globo.
No documento enviado aos líderes e lido pela mídia, Lula defende a necessidade de revitalizar a integração na América do Sul e pede que diferenças sejam deixadas de lado "em nome de um destino comum", além de ressaltar a necessidade de cooperação em matéria de defesa, saúde e infraestrutura, entre outros temas.
O mandatário também destaca o reposicionamento da América do Sul como ator no tabuleiro global e menciona os desafios geopolíticos do mundo atual.
Alguns presidentes já receberam a carta de Lula, segundo a mídia, entre eles o colombiano Gustavo Petro, que esteve esta semana com o assessor especial da presidência brasileira, Celso Amorim, em Bogotá. Outras cartas serão entregues pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que semana que vem visitará o Equador e a Bolívia.
O Palácio do Planalto também conta com a participação do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na reunião de 30 de maio, afirmaram fontes brasileiras. Entretanto, uma maior resistência à presença de Maduro poder ser apresentada por alguns países, como Equador e Paraguai.
Mas o colombiano Petro já pediu um encontro com o presidente brasileiro, e existe uma forte expectativa de conversa entre Lula e Maduro — pendente desde janeiro, quando o venezuelano cancelou sua presença na cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, em Buenos Aires.