Ao tentar realizar perícia na parte de armazenamento dos aparelhos móveis do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, a Polícia Federal constatou que as senhas dadas estavam incorretas. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deu 48 horas para que a defesa de Torres desse explicações.
Nesta sexta-feira (28), os advogados do ex-ministro disseram que as senhas incorretas foram fornecidas devido ao seu "grau de comprometimento cognitivo" uma vez que remédios utilizandos por Torres podem ter influenciado na decisão, segundo o jornal O Globo.
"À vista das informações prestadas pela psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que dão conta da gravidade do quadro psíquico do requerente, e dos medicamentos que lhe foram [e estão sendo] ministrados, é possível que as senhas tenham sido fornecidas equivocadamente, dado o seu grau de comprometimento cognitivo", diz a petição.
Ainda segundo a mídia, os advogados também afirmam que Torres tem "lapsos frequentes de memória", e que por isso a confirmação das senhas é "dificultosa".
Também hoje (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou o novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro.
Também hoje (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou o novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro.
No habeas corpus apresentado à Corte na quarta-feira (26), a defesa de Torres argumentou que houve piora do seu risco de saúde, em especial do quadro psíquico, com aumento do risco de suicídio, afirma o jornal.
Entre os argumentos apontados por Barroso está o fato de a jurisprudência do STF não permitir a interposição de habeas-corpus contra decisão de outro magistrado da Corte.
Torres está preso desde janeiro, após voltar dos Estados Unidos por conta das invasões aos prédios dos três Poderes em Brasília. Na época, ele era responsável pela Segurança Pública do Distrito Federal e estava em viagem com a família nos Estados Unidos.