"O Ocidente demonstrou sua preparação de antemão para enfrentar a Rússia. Imediatamente foram impostas sanções abrangentes contra a Rússia, entregues armas à Ucrânia, fornecida inteligência, e conselheiros militares e mercenários foram enviados para a zona de operações […]. Desta forma foram empregados o potencial militar e capacidades de quase todos os países da OTAN", destacou Shoigu.
O conflito na Ucrânia confirma a intenção de Washington e seus aliados de provocar outros países ao confronto militar com Moscou e Pequim, disse o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu.
"Hoje Washington e seus cúmplices estão implementando seu plano estratégico, que é provocar outros países ao confronto militar com países indesejáveis. O conflito na Ucrânia é uma clara demonstração desta política criminosa. Seu verdadeiro objetivo é derrotar estrategicamente a Rússia, ameaçar China para manter sua posição de monopólio no mundo", disse Shoigu.
De acordo com ele, "para o golpe anticonstitucional de Maidan em 2014 foram gastos mais de cinco bilhões de dólares, que levou à formação de um regime nacionalista russófobo hostil em nossas fronteiras".
"Considerando a recusa de Kiev em implementar os Acordos de Minsk e a ameaça real aos habitantes de Donbass, decidimos realizar uma operação militar especial", disse Shoigu.
Tentativas do Ocidente de influenciar os parceiros da Rússia a fim de isolá-la para comprometer a liderança da Rússia estão falhando, acrescentou o ministro da Defesa.
"Foi lançada uma extensa campanha de informação para comprometer a liderança russa e suas políticas. São demonstradas intransigência e disposição para aumentar a pressão total sem levar em conta os danos atuais aos seus interesses econômicos e políticos", notou Shoigu durante a reunião. "No entanto, todas essas tentativas estão falhando", ressaltou ele.
A esse respeito, o ministro expressou sua gratidão aos países-membros da OCX por sua posição de princípio e apoio.
Programas biológicos dos EUA na Ucrânia
Programas militares biológicos do Pentágono na Ucrânia têm como objetivo desenvolver componentes de armas biológicas, disse o ministro da Defesa russo Shoigu, destacando que as atividades dos EUA para transferência de pesquisas mais perigosas para países terceiros continuam.
"Com o exemplo da Ucrânia, vemos o duplo propósito desses programas e seu foco real no desenvolvimento de componentes de armas biológicas, o que é uma violação direta da Convenção sobre Armas Biológicas ou Tóxicas", disse ele.
Armamentos transferidos à Ucrânia caem nas mãos dos terroristas
Armas transferidas para a Ucrânia caem nas mãos de terroristas, o que afeta a estabilidade na Europa e no mundo em geral, declarou Shoigu.
"Armas transferidas chegam ao 'mercado negro' e a seguir nas mãos de organizações terroristas, o que cria riscos adicionais, especialmente ante alegações de fornecimento de munições de urânio empobrecido às Forças Armadas da Ucrânia", disse o ministro.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.