"Ao contrário de Biden, Putin e Xi Jinping parecem compreender que estão em uma disputa global pela supremacia com o Ocidente. Enquanto o governo de Biden continua 'girando' ao acaso de uma crise regional para outra, Putin e Xi estão simultaneamente desafiando Washington a nível global", escrevem autores do artigo Mark Toth e Jonathan Sweet.
Autores acreditam que pessoas como o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, abordam as crises não como parte de um jogo maior, mas como eventos separados. Segundo ele, uma situação semelhante ocorreu com a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, e agora Moscou e Pequim usam isso como prova de que Washington não pode ser considerado um aliado confiável.
"Quantos mais exemplos Biden e Blinken precisam antes que finalmente concluam que sua abordagem fragmentada e sempre inconstante da política externa e da segurança nacional dos EUA é insustentável – e só está permitindo que Putin e Xi eliminem os interesses dos EUA e do Ocidente em todo o mundo?", destaca o artigo.
Nesta sexta-feira (28), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse durante uma reunião dos ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) em Nova Deli que os países ocidentais estavam se preparando com antecedência para um confronto com a Rússia.
"O Ocidente demonstrou sua preparação de antemão para enfrentar a Rússia. Imediatamente foram impostas sanções abrangentes contra a Rússia, entregues armas à Ucrânia, fornecida inteligência, e conselheiros militares e mercenários foram enviados para a zona de operações […]. Desta forma foram empregados o potencial militar e capacidades de quase todos os países da OTAN", destacou Shoigu.