Há um "enorme nível de incerteza no acordo de submarinos AUKUS", disse em um comunicado David Shoebridge, senador do Partido Verde da Austrália, após a revelação do que ele descreveu como fundo emergencial "sem precedentes" para o acordo.
Segundo uma análise encomendado pelo partido, o AUKUS, que custa 368 bilhões de dólares australianos (R$ 1,21 trilhão) ao longo de três décadas, inclui um "fundo de contingência" de pelo menos 123 bilhões de dólares australianos (R$ 405,81 bilhões). Além disso, não havia divulgado o preço de venda dos submarinos da classe Virginia dos EUA que Canberra estaria comprando inicialmente.
Após a revelação, Richard Marles, ministro da Defesa da Austrália, disse que o acordo era um "enorme desafio para o país" e que o governo estava "orçando com prudência para o inesperado".
"Procuramos ser o mais abertos e transparentes possível", disse ele.
O pacto trilateral de segurança AUKUS, entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA, foi anunciado em setembro de 2021, com o objetivo de transferir tecnologia nuclear a submarinos movidos a energia nuclear para as mãos de Camberra. Também é prevista colaboração em armas hipersônicas, guerra cibernética, inteligência artificial, computação quântica e compartilhamento ampliado de informações e inteligência.
O AUKUS é criticado por países como a China, Rússia e a Coreia do Norte, que apontam como potencial causa de uma nova corrida armamentista regional e consequente aumento de tensões.