No próximo mês, as negociações sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU vão ser realizadas, e Wang Yi fez os comentários durante uma reunião com os embaixadores do Kuwait e da Áustria, Tareq Albanai e Alexander Marschik, que vão copresidir as negociações.
"A reforma do Conselho de Segurança deve defender a equidade e a justiça, aumentar a representação e a voz dos países em desenvolvimento, permitindo que mais países pequenos e médios tenham mais oportunidades de participar da tomada de decisões do conselho", cita o artigo o chefe do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), Wang Yi.
O Japão, a Índia, o Brasil e a Alemanha têm insistido em assentos permanentes no Conselho de Segurança, que atualmente tem 15 membros. A parte chinesa destaca também que a organização deve "corrigir as injustiças históricas contra a África".
Embora seja atualmente a segunda maior economia do mundo, a China se posiciona como membro do chamado Sul Global e defende uma voz maior para o continente africano em várias organizações, diz o jornal.
Segundo a edição, os críticos afirmam que o Conselho de Segurança não conseguiu lidar com crises como a pandemia da COVID-19, conflitos como o na Ucrânia ou as mudanças climáticas, e que é hora de uma grande redistribuição do poder global.
Atualmente, há cinco membros permanentes – Reino Unido, China, França, Rússia e Estados Unidos, representando as nações vencedoras da Segunda Guerra Mundial, que têm o poder de vetar resoluções – e dez outros membros eleitos em uma base rotativa.