A maioria da Força Aérea de Taiwan consiste em F-16 da Lockheed Martin e os Mirage de fabricação francesa, mas também usa seu próprio caça de defesa F-CK-1 Ching-kuo da AIDC.
E já que "a maioria dos países não venderá armas para Taiwan por medo de irritar a China", a ilha pretende contar com produção doméstica.
"Taiwan está buscando a cooperação dos EUA para fabricar o próximo caça de combate desenvolvido internamente na ilha", escreve o artigo.
Falando em um fórum da indústria de defesa de Taiwan e EUA em Taipé, Hu Kai-hung disse que a empresa quer aumentar sua capacidade técnica para ajudar no desenvolvimento do caça de próxima geração de Taiwan.
"Quando se trata de desenvolver o caça de última geração, esperamos que os Estados Unidos apoiem Taiwan em seu próprio desenvolvimento, incluindo o motor, aviônicos, sistemas de controle, controles ambientais e assim por diante", afirmou ele.
O artigo observa que até mesmo os Estados Unidos não estão dispostos a fornecer a Taiwan seus caças mais avançados, como o F-22 ou o F-35, e a ilha não tem nada para contrastar com o novo caça chinês J-20.
Portanto, em 2017, Taiwan anunciou o programa de caças de próxima geração, que incluiria tecnologia furtiva, mas deu poucos detalhes desde então. Além disso, em 2020, a AIDC testou um novo treinador a caça, o AT-5 Brave Eagle.
"As aeronaves fabricadas domesticamente são o caminho que temos que percorrer", concluiu Hu Kai-hung.
A situação em torno de Taiwan se agravou significativamente após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi à ilha no início de agosto.
A China, que considera a ilha uma de suas províncias, condenou a visita de Pelosi, vendo-a como um ato de apoio dos EUA ao separatismo de Taiwan, e conduziu exercícios militares em larga escala.
As relações oficiais entre o governo central da China e sua província insular se romperam em 1949, após as forças derrotadas do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek terem se mudado para Taiwan no final da guerra civil contra o Partido Comunista chinês.
Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final dos anos 80. Desde o início dos anos 90, os dois lados têm estado em contato só através de organizações não governamentais.