A visita bilateral de Kishida, a primeira de um líder japonês a Seul em 12 anos, retorna a viagem que Yoon fez a Tóquio em março, onde buscaram fechar um capítulo sobre as disputas históricas que dominam há anos as relações Japão-Coreia do Sul, relata a Reuters.
Yoon está enfrentando críticas em seu país por ter dado mais do que recebido em seus esforços para melhorar as relações com os japoneses, inclusive propondo que as empresas sul-coreanas – e não as empresas japonesas, conforme determinado por um tribunal – indenizem as vítimas do trabalho de guerra durante o período de 1910-1945 no Japão.
Manifestantes com imagens do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol projetadas em uma antiga bandeira do exército imperial japonês marcham durante uma manifestação para denunciar as políticas do governo no Japão em Seul, Coreia do Sul, 6 de maio de 2023
© AP Photo / Ahn Young-joon
Portanto, as autoridades sul-coreanas estão esperançosas de que Kishida faça algum tipo de gesto em troca e ofereça algum apoio político, segundo a mídia. O foco da cúpula provavelmente girará em torno da cooperação de segurança diante das ameaças nucleares da Coreia do Norte, disse Shin-wha Lee, professor de relações internacionais da Universidade da Coreia ouvida pela agência britânica.
"Dentro da estrutura da 'Declaração de Washington', que descreve planos para fortalecer a dissuasão estendida, a Coreia explorará maneiras de aumentar os esforços de colaboração com o Japão", acrescentou ela.
Já um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Japão disse que "temos muitas oportunidades de cooperar quando se trata de enfrentar a ameaça da Coreia do Norte e garantir um Indo-Pacífico livre e aberto", diz a mídia.
Kishida convidou Yoon para a cúpula do G7 marcada para o final deste mês no Japão, e manterá negociações trilaterais com os Estados Unidos nos bastidores. O premiê japonês também pedirá negociações trilaterais com a China já neste ano, informou a agência japonesa ontem (5).