Panorama internacional

Preocupado com saúde de Assange, premiê da Austrália diz que EUA não devem forçar sua extradição

O conterrâneo do fundador do WikiLeaks defendeu que se reveja tudo pelo qual Assange já passou, sugerindo que qualquer pena adicional contra ele agora seria excessiva.
Sputnik
Os EUA deviam deixar de querer manter preso Julian Assange, declarou na sexta-feira (5) Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália, citado pela agência norte-americana Associated Press.
Ele expressou sua frustração com os esforços contínuos de Washington para extraditar o fundador do WikiLeaks e cidadão australiano do Reino Unido para os EUA, dizendo que "não há nada a ser obtido com seu encarceramento contínuo".
Albanese disse que o caso de Assange deve ser examinado em termos de se o tempo que o ativista "efetivamente cumpriu" foi superior ao que seria "razoável" se as alegações contra ele fossem comprovadas.
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Assange luta nos tribunais britânicos desde 2019 para evitar ser enviado aos EUA, onde enfrenta 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computador, decorrentes da publicação em 2010 pelo WikiLeaks de um grande conjunto de documentos confidenciais americanos.
O premiê australiano notou uma decisão de um tribunal distrital britânico, que rejeitou o pedido de extradição com base no fato de que Assange provavelmente se mataria se fosse mantido sob as duras condições de prisão dos EUA.
"Estou preocupado com a saúde mental do sr. Assange", advertiu Anthony Albanese.
O alto responsável prometeu defender Assange em reuniões com funcionários do governo de Joe Biden. No entanto, ele recusou revelar se falaria sobre o jornalista quando ele receber o líder dos EUA, em conjunto com os líderes da Índia e do Japão, em Sydney, Austrália, em 24 de maio.
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