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Sem medir palavras sobre conflito na Ucrânia, Robert Kennedy afirma: 'Os russos não podem perder'

As Forças Armadas russas não podem ser derrotadas no conflito ucraniano, disse o candidato presidencial dos EUA, sobrinho do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy, Robert F. Kennedy Jr., em entrevista à um podcast.
Sputnik
Em recente entrevista, o crítico à guerra por procuração entre os EUA e a Rússia, Kennedy Jr., quando perguntado sobre as causas do conflito, indicou que inicialmente todas as decisões dos EUA foram tomadas com o objetivo de prolongar e maximizar a violência no mundo. Em suas palavras, não é o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, mas a Casa Branca que aposta no conflito para conseguir uma mudança de poder na Rússia e esgotar seu poderio militar.
Nesse sentido, o candidato à presidência dos EUA lembrou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, indicou entre os principais objetivos dos EUA, em 2022, o esgotamento do Exército russo, junto à degradação da sua capacidade de realizar operações ao exterior. Em quanto o presidente do país, Joe Biden, manifestou o desejo de que o Governo da Rússia mude.
Tais objetivos declarados por autoridades norte-americanas, destacou em entrevista ao All-In Podcast, vão contra a essência da missão humanitária e buscam maximizar o número de vítimas e prolongar o curso das hostilidades.
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Kennedy Jr. enfatizou que o que está acontecendo agora na Ucrânia constitui uma guerra de exaustão e neste momento os governos dos EUA e da Ucrânia se esforçam para esconder o número de baixas ucranianas que é "catastrófico". Na sua perspectiva, trata-se do conflito mais violento desde a Segunda Guerra Mundial, onde o número de mortos do lado ucraniano ultrapassou os 300 mil mortos.
Kennedy Jr. deu enfoque no fato de que a Rússia não vai ceder no conflito.

"Os russos não podem perder esta guerra.[...] É vital para eles e eles aumentam suas forças, eles têm uma vantagem de artilharia sobre nós", comentou.

Segundo seu ponto de vista, os EUA não têm capacidade suficiente para substituir o arsenal de armas de artilharia que se esgotou durante o conflito na Ucrânia. "E não podemos substituir as armas de artilharia, perdemos lá", disse Kennedy Jr.
Respondendo à pergunta do entrevistador, o presidenciável destacou que o conflito como um todo começou em 2014, quando as autoridades norte-americanas participaram de um golpe contra o governo ucraniano democraticamente eleito do presidente Viktor Yanukovych e colocaram outro em seu lugar, totalmente antirrusso como tanto quanto possível.
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A nova liderança da Ucrânia começou a impor leis que transformaram a população russa de Donbass em cidadãos de segunda classe, tirando a legitimidade de sua cultura e idioma, matando-os, tirando a vida de cerca de 14.000 pessoas.
Ele acrescentou que, se for eleito presidente, vai pressionar por um cessar-fogo imediato, já que a Ucrânia não pode prescindir da ajuda dos EUA.
O ativista ambiental norte-americano Robert F. Kennedy Jr. anunciou em abril sua candidatura para ser o próximo candidato presidencial dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, contestando a nomeação do titular Joe Biden e prometendo combater a corrupção corporativa e estatal.
Kennedy nunca ocupou um cargo político de alto nível. Até agora ele era um ativista ambiental e recentemente gerou polêmica no país norte-americano por sua oposição às vacinas contra a COVID-19.
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