Qin Gang, ministro das Relações Exteriores da China, disse em uma entrevista ao jornal árabe Asharq Al-Awsat que Pequim e Moscou defendem a ordem mundial e que suas relações bilaterais não estão sujeitas a ameaças de nenhum país.
"Ao longo dos anos, as relações China-Rússia resistiram ao teste das mudanças na dinâmica internacional. A chave é que os dois países encontraram uma maneira de os principais países construírem confiança estratégica e boa vizinhança, um caminho de não alinhamento, não confronto e não ataque a terceiros", disse ele em uma entrevista publicada na segunda-feira (8).
O chanceler sublinhou que "a China e a Rússia continuarão avançando sua parceria estratégica abrangente de coordenação para a nova era".
"Os dois países salvaguardarão o sistema internacional centrado na ONU, a ordem internacional baseada no direito internacional e as normas básicas das relações internacionais baseadas nos propósitos e princípios da Carta da ONU, defenderão o verdadeiro multilateralismo, promoverão a multipolaridade global e maior democracia nas relações internacionais, e contribuirão com sua parte justa para o progresso da humanidade", disse ele.
O chefe da diplomacia chinesa também garante que Pequim "continuará trabalhando com a comunidade internacional e desempenhando um papel construtivo na resolução política da crise ucraniana", que a relação sino-russa "não representa ameaça a nenhum país, e não será afetada por interferência ou instigação de qualquer terceira parte".
"Ao mesmo tempo, nos opomos firmemente aos atos hegemônicos e intimidadores dos EUA, e salvaguardaremos resolutamente nossos direitos e interesses legítimos", sublinhou Qin.