"Há um partido, no entanto, que parece forte o suficiente para liderar um governo – e isso não é uma boa notícia para a Ucrânia ou para a UE. O partido populista de esquerda social-democrata SMER está à frente nas pesquisas, liderado pelo ex-primeiro-ministro Robert Fico, o político mais polêmico da Eslováquia e um crítico severo da resposta ocidental ao conflito na Ucrânia", diz o artigo.
Como observa o autor, Fico foi criticado por sua retórica sobre o possível envolvimento da Eslováquia em uma ação militar para agradar aos EUA, mas, de acordo com seus apoiadores, o político está apenas transmitindo a posição de um grande número de cidadãos.
Nattrass também cita uma pesquisa que mostra que metade dos eslovacos deseja uma vitória russa na Ucrânia.
"A atitude de Fico, sem dúvida, reflete a opinião de uma proporção significativa da população eslovaca", escreve o colunista.
Nattrass observou que a Eslováquia é um importante centro de trânsito e reparo de suprimentos militares ocidentais para a Ucrânia e também tem uma influência política significativa na União Europeia (UE) em questões como a crise relacionada a um excedente de produtos agrícolas ucranianos.
Se o partido SMER, liderado por Robert Fico, vencer na Eslováquia, a Ucrânia deve esquecer o apoio do seu principal aliado na UE, diz Nattrass.
A Eslováquia anunciou no domingo (7) a formação de um governo interino após anos de crise política e a renúncia do primeiro-ministro Eduard Heger. As eleições parlamentares antecipadas estão programadas para 30 de setembro de 2023.