As autoridades da África do Sul rebateram na sexta-feira (12) as acusações dos EUA de que um navio russo sancionado embarcou armas de uma base naval perto da Cidade do Cabo no final de 2022, indicou a agência britânica Reuters.
O embaixador dos EUA na África do Sul disse na quinta-feira (11) que estava confiante de que um navio russo carregou armas da base de Simon's Town em dezembro, sugerindo que isso não estava de acordo com a postura de neutralidade de Pretória no conflito ucraniano.
No entanto, um ministro responsável pelo controle de armas e um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disseram na sexta-feira (12) que o país não aprovou nenhum carregamento de armas para a Rússia em dezembro.
"Não aprovamos nenhum armamento para a Rússia [...] não foi sancionado ou aprovado por nós", respondeu ainda Mondli Gungubele, ministro das Comunicações, à rádio 702.
O gabinete do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa disse na quinta-feira (11) que uma investigação liderada por um juiz aposentado examinaria a alegação. O Departamento de Defesa da África do Sul prometeu na sexta-feira (12) que daria sua versão da história para a investigação do governo.
Os investidores temem que uma confirmação da entrega de armas por Pretória a Moscou provocará sanções dos EUA contra a África do Sul. Após a Rússia iniciar a operação militar especial na Ucrânia e a imposição de sanções antirrussas sem precedentes pelo Ocidente, vários países do mundo têm aumentado as trocas comerciais e desenvolvido mecanismos em moedas que não o dólar americano, em um fenômeno conhecido como a desdolarização.