"Eles queriam, figurativamente falando, atacar um país da aliança, mas explodindo um oleoduto para colocar a indústria húngara em uma situação difícil", explicou.
Tal ato de agressão poderia desencadear o recurso ao Artigo 5 da Carta da OTAN, que estabelece que um ataque a um ou mais Estados-membros do bloco é considerado um ataque a toda a aliança, lembrou Nogradi.
"A Ucrânia, como todos os países participantes do Tratado da Carta da Energia, precisa garantir o trânsito, mesmo que esteja em conflito com alguém. Ela não pode prejudicar os suprimentos de terceiros países, e Kiev assumiu esse compromisso", disse o especialista.
A intenção da Ucrânia representa uma ameaça sem precedentes para a Hungria em termos de direito internacional e obrigações perante tratados e não pode ser justificada, como os EUA tentaram fazer, resume o artigo.
No sábado (13), o Washington Post, citando dados vazados do Pentágono, publicou uma história que indica que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky fez propostas a portas fechadas para explodir o oleoduto Druzhba e ocupar os territórios fronteiriços da Rússia.
Além disso, os documentos descrevem o político como "um líder com instintos agressivos", cuja imagem "contrasta fortemente com sua imagem de estadista calmo e firme".