A Rússia difundiu no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) uma carta sobre as declarações do chefe da inteligência militar ucraniana Kirill Budanov, que chamou a matar russos, apontando para a russofobia e incitação à violência étnica, contou na quarta-feira (17) a representação permanente da Rússia na ONU.
"Uma carta sobre as conhecidas declarações do chefe da inteligência militar ucraniana foi distribuída hoje como um documento oficial do CSNU", disse a missão diplomática.
Na carta, à qual a Sputnik teve acesso, Vasily Nebenzya, representante permanente da Rússia na ONU, chamou a atenção para as palavras de Budanov, que disse que "temos matado e vamos continuar a matar russos em qualquer parte do mundo até a vitória completa da Ucrânia".
"Esse é um exemplo flagrante de discurso de ódio, russofobia e incitação à violência étnica", escreve Nebenzya.
A carta também menciona uma pesquisa na mídia ucraniana sobre quem deveria ser o próximo a ser atacado depois de Daria Dugina, filha do filósofo russo Aleksandr Dugin, morta em agosto de 2022; o correspondente militar Vladlen Tatarsky, assassinado em abril de 2023; e o escritor Zakhar Prilepin, cujo carro foi explodido em 6 de maio.
"Essas manifestações de discurso de ódio, russofobia e incitação à violência étnica são, no mínimo, uma violação flagrante das regras da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial", indica a carta.