"Papua-Nova Guiné não vai ser usada como base para iniciar uma guerra e o acordo de defesa com os EUA proíbe operações militares ofensivas", disse Marape à rádio local 100FM na terça-feira (23).
O primeiro-ministro afirmou que o acordo não precisa ser ratificado pelo parlamento, acrescentando que publicará o texto completo para análise pública na quinta-feira (25).
"O acordo não se refere a uma base militar que supostamente estaria sendo instalada aqui para travar guerra", enfatizou o político.
De acordo com Marape, as Forças Armadas de Papua-Nova Guiné são as mais fracas da região em um momento de alta tensão.
O primeiro-ministro expressou a esperança de que o impulso dado pelos Estados Unidos "aumente a segurança interna e incentive mais investidores estrangeiros a se estabelecerem no país".
Ele disse que "como resultado do acordo, serão feitos investimentos significativos na infraestrutura" de aeroportos, portos, estradas, comunicações e eletricidade.
Marape anunciou que outros acordos estão sendo elaborados para determinar como as empresas militares e civis contratadas pelos EUA vão entrar em Papua-Nova Guiné.
O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken disse na segunda-feira (22) que um acordo de cooperação em defesa assinado com Papua-Nova Guiné no mesmo dia vai expandir as capacidades da nação insular do Pacífico e facilitar a participação das Forças Armadas dos EUA em exercícios conjuntos.
O acordo provocou protestos de estudantes em Papua-Nova Guiné em meio a temores de que poderia arrastar o país para a competição estratégica entre os Estados Unidos e a China.