Panorama internacional

Putin: todos aqueles que apoiam a unipolaridade atiram no próprio pé, forçados a obedecer a ditames

Os oponentes ocidentais tentam restringir a cooperação de outros países com a Rússia com persuasão, promessas e chantagem, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, na sessão plenária do 2º Fórum Econômico Eurasiático, nesta quarta-feira (24).
Sputnik
O presidente da Federação da Rússia observou a este respeito que "a Rússia sempre tem uma abordagem responsável e consciente da interação com todos os países".

"A Rússia sempre adota uma abordagem responsável e consciente da cooperação com todos os países. E estamos implementando plenamente - e quero enfatizar isso - os acordos adotados no âmbito da União Econômica Eurasiática", afirmou Putin na reunião plenária do 2º Fórum Econômico Eurasiático.

Além disso, o líder russo apontou que mudanças profundas e fundamentais estão ocorrendo na arena global, estando mais e mais Estados aderindo ao seu desenvolvimento independente, fortalecendo a soberania nacional e conduzindo uma política interna e externa independente.

"Mais e mais Estados estão tomando um curso para fortalecer a soberania nacional, conduzindo uma política independente, interna e externa, aderindo ao seu próprio modelo de desenvolvimento", disse Putin.

Todos aqueles que apoiam a unipolaridade prejudicam a economia mundial, "atiram no pé" e aqueles que ainda são forçados a obedecer a ditames, sublinhou o presidente russo.

"Todos, quero enfatizar isso, respondendo diretamente à pergunta do nosso anfitrião, todos que fazem, pensam e fazem o contrário, prejudicam a economia mundial, atiram essencialmente no pé e no pé daqueles que ainda são forçados a obedecer a seus ditames."

Apesar da crise no comércio mundial, o PIB da Comunidade Econômica da Eurásia diminuiu apenas 1,6% - no exterior previu um colapso, nada disso aconteceu, disse o presidente russo.
Vladimir Putin também relembrou que, nas principais economias da União Europeia, "o negativo é demonstrado pelos especialistas para o ano em curso".
"No início, falamos mais 0,7%, agora já é 1,5, e talvez 2%. E isso diz muito", acrescentou.
Além disso, apesar das mudanças radicais que ocorrem na esfera financeira internacional, a Federação da Rússia consegue não apenas se adaptar, mas se tornar um dos líderes nessa esfera, disse Putin.
A Rússia está caminhando para uma redução da participação das moedas de países hostis em acordos mútuos e pretende trabalhar ainda mais ativamente com parceiros em todo o mundo para uma transição completa para o uso de moedas nacionais, apontou o líder russo.
A descentralização do sistema financeiro global contribuirá para a despolitização do trabalho na economia, acrescentou Vladimir Putin.

"Há muitas outras economias em rápido crescimento no mundo, incluindo China, Índia e América Latina. É importante coordenar esforços conjuntos para criar um novo sistema financeiro global descentralizado. [...] A estabilidade de todas as finanças globais dependerá em grande parte dessa descentralização."

Segundo ele, quanto mais descentralizada for, melhor será para a economia global.

"Dependerá menos da crise nos países que ainda têm uma vantagem como as moedas de reserva mundiais, aumentará a segurança não só dos pagamentos, mas de toda a economia mundial, fará o trabalho na economia despolitizada", concluiu Putin.

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