O artigo escreve que 50 milhões de pessoas estão presas na escravidão moderna e o número de pessoas em situação de exploração de trabalho, inclusive o tráfico sexual e servidão doméstica, aumentou para 28 milhões em 2021, com mais 22 milhões em casamento forçado.
"As novas estimativas mostram que a escravidão ainda está ocorrendo em escala em todo o mundo. Mais da metade de todas as vítimas de trabalho forçado e um quarto das vítimas de casamentos forçados podem ser encontradas em países de renda média-alta ou alta", diz o jornal, citando o Índice de Escravidão Moderna, produzido pelo Walk Free, um grupo de direitos humanos contra o tráfico de pessoas.
Segundo o artigo, seis dos dez países com o maior número estimado de vítimas são nações do G20: Índia, China, Indonésia, Turquia, Rússia e Estados Unidos.
A crescente demanda por novos setores "sustentáveis" de energia renovável também está alimentando a exploração, por exemplo, na produção de painéis solares e outras tecnologias renováveis.
"A demanda global por fast fashion, um setor repleto de exploração e falta de transparência, tem desempenhado um papel particularmente importante na exacerbação da escravidão moderna."
As indústrias de chocolate e pesqueira, pressionando para reduzir custos em meio a lucros cada vez menores, acumulam o maior número de trabalhadores infantis, de acordo com o estudo.
O relatório deste ano também destaca como as mudanças climáticas estão exacerbando a crise, forçando milhões de pessoas a migrar e, portanto, colocando-as em maior risco de exploração.
O estudo recomenda aos governos que aprimorem as leis e as inspeções trabalhistas, acabem com o trabalho forçado imposto pelo Estado e aumentem a idade legal de casamento para 18 anos.
Assumindo muitas formas, a escravidão moderna é, em última análise, a remoção sistemática da liberdade de uma pessoa a fim de explorá-la para ganho pessoal ou comercial.