Destróier japonês hasteia bandeira polêmica ao chegar à Coreia do Sul para exercício conjunto

Um navio de guerra japonês chegou à Coreia do Sul na segunda-feira (30) para um exercício naval multinacional no final desta semana, hasteando uma bandeira que, para muitos coreanos, simboliza o expansionismo militar e a colonização do Japão no passado, relata o South China Morning Post.
Sputnik
O exercício militar Eastern Endeavour 23 entre os Estados Unidos, Austrália, Canadá, Cingapura e Japão está programado para esta quarta-feira (31) em águas internacionais perto da ilha de Jeju.

"O JS Hamagiri, um destróier da classe Asagiri da Força Marítima de Autodefesa do Japão, navegou até o porto de Busan com a bandeira do Sol Nascente hasteada, antes do exercício Eastern Endeavour 23, que tem como objetivo reforçar as capacidades estratégicas para prevenir e impedir a proliferação de armas de destruição em massa [ADM]", indica o artigo.

Muitos coreanos associam a bandeira à época do Império Japonês e da Segunda Guerra Mundial, quando a Coreia era uma colônia japonesa (1910 - 1945), e aos numerosos crimes de guerra cometidos pelos militares japoneses. Atualmente, a bandeira é usada pela Força Marítima de Autodefesa do Japão.

"[Muitos coreanos] veem isso como um sinal de que Tóquio nunca abordará seu passado de forma adequada e séria."

Bandeira do Sol Nascente
O artigo observa que esta bandeira tem sido uma das muitas questões diplomáticas delicadas entre os dois países.
Em 2018, a Marinha da Coreia do Sul solicitou ao governo japonês que não hasteasse essas bandeiras durante a Parada Naval Internacional de Jeju. Então, a parte japonesa se retirou do evento.
Segundo o jornal, o Ministério da Defesa não está preocupado com a bandeira desta vez, observando que o hasteamento de bandeiras de identificação ao entrar em um porto estrangeiro é uma prática internacional comum.
Por sua vez, o Japão afirmou que seus navios de guerra são legalmente obrigados a hastear a bandeira do Sol Nascente junto com sua bandeira nacional e que, de acordo com o direito marítimo internacional, esta insígnia é reconhecida como o símbolo para mostrar sua nacionalidade.
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