Panorama internacional

Chefes de inteligência mundiais têm reunião secreta em Cingapura, diz mídia

A mídia britânica relatou a realização de um encontro entre dirigentes de serviços de inteligência de diferentes países, incluindo dos EUA, China e Índia.
Sputnik
Autoridades de cerca de 20 serviços de inteligência globais realizaram uma reunião secreta neste fim de semana em Cingapura, informou no domingo (4) a agência britânica Reuters citando fontes.
De acordo com as fontes, tais reuniões têm sido realizadas há vários anos no âmbito da conferência anual de segurança intergovernamental da Ásia-Pacífico, conhecida como Diálogo de Shangri-La.
Entre os participantes da reunião estiveram Avril Haines, diretora de inteligência nacional dos EUA, Samant Goel, chefe de inteligência exterior da Índia, e um representante chinês não revelado, cujo nome e cargo também não foram divulgados. Alguns dos tópicos discutidos teriam sido o conflito na Ucrânia e o crime transnacional.
Um porta-voz do Ministério da Defesa de Cingapura comentou, ao visitar o evento, que "os participantes, incluindo altos funcionários de agências de inteligência, também aproveitam a oportunidade para se reunir com seus colegas", e que o Ministério da Defesa "pode facilitar algumas dessas reuniões bilaterais ou multilaterais". Enquanto isso, participantes descreveram as reuniões como "benéficas".
"A reunião é um ponto importante na agenda internacional paralela", disse uma das cinco fontes da Reuters.
"Dado o conjunto de países envolvidos, não se trata de um festival de comércio, mas de uma forma de promover uma compreensão mais profunda das intenções e dos resultados finais", acrescentou.
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Li Shangfu, ministro da Defesa chinês, por sua vez, em seu discurso público no fórum e em uma aparente crítica aos EUA, alertou contra a formação de alianças do tipo da OTAN na Ásia-Pacífico, o que, segundo ele, tem muitas consequências para a região.
Ele argumentou que "em essência, pressionar por" tais alianças na região é "uma forma de sequestrar os países da região e alimentar o confronto, o que apenas mergulhará a Ásia-Pacífico em um redemoinho de disputas e conflitos".
"A Ásia-Pacífico de hoje precisa de uma cooperação aberta e inclusiva, e não de pequenos grupos. Não devemos nos esquecer dos graves desastres causados aos povos de todos os países pelas duas guerras mundiais, e não devemos permitir que essa história trágica se repita", ressaltou.
Ele advertiu em uma mensagem a "alguns países" que "a mentalidade da Guerra Fria está ressurgindo, aumentando consideravelmente os riscos à segurança". Ele sugeriu que "o respeito mútuo deve prevalecer sobre a intimidação e a hegemonia".
Ao mesmo tempo, a embaixada dos EUA em Cingapura disse que não tinha informações sobre a reunião, enquanto as autoridades chinesas e indianas não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da agência.
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