Autoridades dos países ocidentais viram sinais de que a Ucrânia lançou uma contraofensiva, apontando para um "aumento significativo nos combates" no leste do país nas últimas 48 horas, de acordo com a CNN.
De acordo com um funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e representante da Inteligência Militar Europeia que desejou permanecer em anonimato, os ataques preliminares, também conhecidos como operações "formativas", foram realizados há pelo menos duas semanas.
Em particular, de acordo com fontes da emissora, "a destruição da barragem pode agora tornar mais difícil para as tropas ucranianas atravessar o rio Dniepre e atacar posições russas lá. E o colapso da barragem já criou um desafio humanitário significativo no qual o governo ucraniano precisará abordar e canalizar recursos".
De acordo com um embaixador em anonimato de um país europeu em Washington, Kiev provavelmente terá que mudar todos os planos relacionados às operações nos territórios a jusante da barragem.
"Em última análise, os níveis de água vão recuar, mas muito provavelmente a inundação catastrófica impactou as pontes e estradas na área, de modo que eles podem não ser utilizáveis da maneira como planejado antes", acrescentou o diplomata.
Segundo os dados da CNN, as agências de inteligência dos EUA e seus aliados no Ocidente ainda estão investigando quem é responsável pela destruição da barragem, mas as autoridades estão se inclinando para a Rússia como a culpada. Moscou, por sua vez, acusa a Ucrânia do que aconteceu.
Na manhã de terça-feira (6), a barragem da hidrelétrica de Kakhovka, na região russa de Kherson, no rio Dniepre, sofreu danos significativos. A destruição total da barragem poderia ter resultado em uma devastadora inundação, e potencialmente mataria milhares de civis.
Embora diversas barragens na Ucrânia tenham sido danificadas, desencadeando um fluxo descontrolado de água, a estrutura resistiu ao ataque.