O jornal aponta que, em outubro passado, o presidente americano Joe Biden alertou que a Arábia Saudita sofreria certas "consequências" por fazer lobby na OPEP+ para cortar a produção de petróleo, em meio aos altos preços da energia e nas vésperas das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.
Embora no espaço público Riad tenha defendido suas ações através de declarações diplomáticas, o príncipe herdeiro ameaçou em privado alterar radicalmente as relações EUA-Arábia Saudita e provocar danos econômicos significativos aos EUA se eles realmente tomassem tais medidas.
O documento da Inteligência dos EUA sobre as alegadas ameaças do príncipe veio à tona como resultado de um extenso vazamento de material classificado na plataforma Discord.
Uma fonte do Conselho de Segurança Nacional dos EUA alegou ao jornal que não tinha nenhum conhecimento de tais ameaças da Arábia Saudita.
"Em geral, esses documentos refletem um instantâneo da realidade e não podem dar uma imagem completa", disse a fonte.
Recentemente, a Arábia Saudita restabeleceu as relações diplomáticas com o Irã e deu luz verde ao retorno da Síria à Liga dos Estados Árabes. Em relação a isso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que Washington deve respeitar a vontade dos povos do Oriente Médio, parar de minar o processo de diálogo e reconciliação dos países da região. Enquanto isso, os EUA declararam que não planejam normalizar as relações com o governo sírio.