Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse nesta sexta-feira (9) que o começo da contraofensiva das tropas ucranianas é evidenciado pelo uso de reservas estratégicas por parte de Kiev.
"Podemos constatar com toda a certeza que a contraofensiva começou, e isso é evidenciado pelo uso de reservas estratégicas", apontou Putin em resposta a perguntas de jornalistas, acrescentando que "as tropas ucranianas não atingiram seus objetivos em nenhuma das áreas de combate. Isso é absolutamente óbvio".
As tropas ucranianas sofreram perdas significativas nos últimos dias, excedendo os números clássicos, continuou ele.
"Durante estes dias temos observado perdas significativas das tropas do regime ucraniano. Sabe-se que, em operações ofensivas as perdas são de cerca de três para um, isso é clássico. Mas, neste caso excede em muito esses números clássicos. Não vou reproduzir os números agora, mas eles são impressionantes", expressou.
Ele acrescentou que isso foi alcançado graças à coragem e ao heroísmo dos soldados russos, à organização e à gestão adequadas das tropas e à "alta eficiência dos armamentos russos".
O mandatário russo notou que a liderança militar do país está observando claramente a situação, tirando as conclusões apropriadas, e que o potencial militar da Rússia segue aumentando.
"Sim, ainda nos faltam armamentos modernos, mas a indústria, a indústria de defesa, o complexo da indústria de defesa do país, está se desenvolvendo rapidamente, e tenho certeza de que todas as tarefas enfrentadas pela indústria de defesa serão definitivamente resolvidas", assegurou Putin.
"A produção de armamentos modernos está aumentando intensamente", sublinhou o presidente.
Putin culpou Kiev pela tragédia que se desenrola na Ucrânia.
"Gostaria de salientar que essa tragédia se deve aos eventos que ocorreram nos anos anteriores, e a responsabilidade por eles é inteiramente do regime de Kiev, cuja fonte primária de poder é o golpe de Estado", disse Putin, em referência aos eventos de 2014 que criaram um governo pró-ocidental na Ucrânia meses após a reeleição presidencial de Viktor Yanukovich.