A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA disse a seus colegas belgas que as forças ucranianas foram responsáveis pela destruição dos gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) em setembro de 2022, indicou no sábado (10) o jornal belga De Tijd.
"Pouco depois do ataque, nossa agência de inteligência militar, o Serviço Geral de Informações e Segurança, recebeu informações estritamente confidenciais que apontavam para um provável papel da Ucrânia na sabotagem", escreveu.
Ela disse que "soube por fontes bem informadas que nosso serviço de inteligência militar então 'recebeu uma visita' do serviço de inteligência americano CIA".
A história "ilustra como as agências de inteligência ocidentais, incluindo as belgas, estão cientes há meses de que se acredita que a Ucrânia esteja envolvida em um dos ataques mais brutais e perigosos à infraestrutura energética europeia".
A ideia do envolvimento de Kiev "poderia ter colocado a aliança com a Ucrânia sob" estresse, de acordo com o artigo, que notou que a Alemanha era "dependente do gás natural russo" antes da operação militar especial de Moscou, "e tanto a francesa Engie, a holandesa Gasunie e a alemã Wintershall, juntamente com a russa Gazprom, investiram no Nord Stream 1".
Segundo o De Tijd, a CIA parecia não estar disposta a revelar onde obteve as informações em questão, citando o desejo de proteger suas fontes.
Em público, os EUA seguiram culpando a Rússia pela destruição dos gasodutos, muito depois que a CIA supostamente avisou seus congéneres das agências de inteligência europeias sobre o envolvimento da Ucrânia.