"A porcentagem dos [países], particularmente os países da África, da Ásia Central e sul da Ásia, que mudaram de serem pró-americanos para serem pró-russos é realmente bastante impressionante. Muito mais que a metade da população mundial apoia a Rússia na guerra e não os Estados Unidos", disse Hersh em uma entrevista ao apresentador George Galloway.
O jornalista opinou que, em meio a sanções ocidentais, "as coisas na Rússia não estão tão boas como costumavam estar", mas "a ideia de que eles estão desesperados está simplesmente errada".
Hersh também argumentou que Washington "perdeu muita credibilidade em todo o mundo", citando a aproximação diplomática da Arábia Saudita com o Irã como um exemplo.
Consequências da contraofensiva da Ucrânia
O início da contraofensiva ucraniana terá consequências negativas tanto para a própria Ucrânia como para os EUA, representados pela administração de Joe Biden, e a OTAN, disse Hersh.
"Isso não terá boas consequências nem para a Ucrânia, nem para a OTAN e, certamente, para o governo de Joe Biden", frisou ele comentando a ofensiva da Ucrânia.
Ao ser questionado se ele vê sinais de que a OTAN estava se preparando para entrar na guerra na Ucrânia, Hersh admitiu que o envolvimento da OTAN neste conflito já está se desenrolando diante de nossos olhos, "se estamos falando de treinamento e consultas".