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Brasil lança 1ª expedição ao Ártico com foco em diplomacia e pesquisa na região

A ida de pesquisadores na primeira expedição brasileira ao extremo norte do planeta buscará coletar dados de análise científica e desenvolver a diplomacia com países que fazem parte do Conselho do Ártico.
Sputnik
Marcada para o dia 12 de julho, a Operação Ártico I contará com cinco pesquisadores brasileiros de diferentes universidades em uma viagem de nove dias à Long-yearbyen, capital de Svalbard, no Círculo Polar Ártico.
O Brasil é o único país entre as dez maiores economias do mundo que ainda não tem participação na região. Cientistas brasileiros já estiveram por quatro décadas realizando operações na Antártica, mas até agora não exploraram relações e a presença no Ártico, relembra o jornal O Globo.
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Nesta expedição inédita em julho, os pesquisadores pretendem coletar amostras de solo, sedimentos, água de lagos, rochas e plantas para identificar microrganismos e flora da região, segundo o jornal. O material será utilizado para realizar comparações com amostras coletadas na Antártida.

O primeiro passo do Brasil para se aproximar geopoliticamente do Ártico é assinar o Tratado de Svalbard. Os pesquisadores da expedição estarão sendo enviados justamente para esta região a fim de estreitar a relação.

O documento reconhece a soberania da Noruega sobre o arquipélago de mesmo nome, mas garante acesso a ele a países que aderem ao texto.
A expedição será financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC-TI), via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e tem apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e da Secretaria Interministerial dos Recursos do Mar da Marinha do Brasil.
Os especialistas envolvidos são da Universidade Federal de Minas (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e um da Pontifícia Universidade Católica de Brasília.
O Conselho do Ártico é formado por oito países: Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega, Rússia, Finlândia, Islândia e Suécia, além de seis organizações que representam os povos originários da região.
Outros 13 países participam do Conselho do Ártico como observadores. Para fazer parte do grupo, é preciso demonstrar interesse pela região e ter o nome ratificado pelos oito membros permanentes.
Portanto, o objetivo da Operação Ártico I é aumentar o protagonismo brasileiro nas pesquisas polares e estabelecer parcerias diretas entre pesquisadores brasileiros e a comunidade científica ártica, afirma o jornal.
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