Panorama internacional

Putin: Rússia não esteve interessada na tragédia de Kakhovka, são graves danos para suas regiões

Os objetivos da operação militar especial na Ucrânia são ajustados de acordo com a situação, mas em geral não mudam, disse o presidente russo Vladimir Putin nesta terça-feira (13) em uma reunião com jornalistas de guerra.
Sputnik
"Eles mudam de acordo com a situação atual, mas em geral, é claro, não vamos mudar nada. Eles têm um caráter fundamental para nós", disse o líder russo referindo-se aos objetivos da operação militar.
Para o Ocidente a Ucrânia é uma das direções do trabalho para abalar a Rússia, disse o presidente russo.
"A Ucrânia é uma das direções do trabalho para abalar a Rússia. Em geral, é claro, isso deveria ter sido levado em conta quando foram tomadas as decisões sobre o colapso da União Soviética", disse ele durante a reunião com os jornalistas.
Putin disse também que a Rússia não esteve interessada em fazer explodir a usina hidrelétrica de Kakhovka, uma vez que ela está no território controlado pelas tropas russas.
"Nós não estamos certamente interessados nisso, porque isso tem sérias consequências para os territórios que controlamos e que são russos", ressaltou o presidente.
O complexo industrial-militar da Ucrânia em breve deixará de existir completamente, uma vez que eles não produzem nada, "lhes trazem tudo", disse líder russo.
"O complexo industrial-militar ucraniano em breve deixará completamente de existir. O que eles produzem? Munições são trazidas para eles, equipamentos militares são trazidos, peças de artilharia são trazidas, tudo é trazido. Assim você não vai durar, não vai sobreviver por muito tempo. Portanto, a questão relacionada com a desmilitarização está em um plano muito prático."
As perdas irrecuperáveis da Rússia são dez vezes menores do que as das Forças Armadas da Ucrânia, ressaltou Putin.
Durante o encontro com jornalistas de guerra, o líder russo observou que no decorrer da contraofensiva a Ucrânia perdeu 160 tanques e 360 veículos blindados, mas isso é apenas o que Moscou enxerga, na realidade as perdas são maiores.
"Aqui eu disse que eles têm mais de 160 tanques [perdidos], nós – 54. Uma parte deles pode ser restaurada e reparada", afirmou.
Neste momento não há nenhuma necessidade de realizar uma mobilização adicional na Rússia, anunciou Putin. De acordo com ele, junto com contratados e voluntários, 156 mil pessoas foram conscritas no Exército. Na semana passada nove mil pessoas assinaram contratos com as Forças Armadas da Rússia. As pessoas se erguem voluntariamente para defender a Pátria, sublinhou Putin.
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