Panorama internacional

Chanceler cita parceria Rússia-China e diz que guerra em Taiwan será 'onda de choque' para Europa

Em visita a Praga, ministro das Relações Exteriores de Taiwan disse que a força da Rússia no Extremo Oriente permanece intacta, e pediu aos "amigos europeus" que continuem seu apoio à ilha autogovernada.
Sputnik
Nesta quarta-feira (14), em visita à República Tcheca, o chanceler taiwanês Joseph Wu afirmou que precisa da parceria europeia para manter o status quo da ilha e a China sob controle.
"Para que Taiwan permaneça forte e resiliente e tenha coragem de continuar a política de manutenção do status quo, precisamos do apoio de amigos europeus", disse Wu em discurso durante evento de think tank na capital tcheca, segundo a Reuters.
Ao tentar motivar o apoio europeu à causa taiwanesa, o ministro afirmou que uma "guerra" no estreito de Taiwan pode ser uma "onda de choque" para a Europa se as cadeias de abastecimento forem interrompidas.
"Será o mesmo ou pior se a guerra estourar no estreito de Taiwan, onde cerca de metade dos navios porta-contêineres do mundo navegam e mais de 90% dos computadores mais avançados ou chips semicondutores são produzidos", disse ele.
O chanceler também alertou que Rússia e China estão cooperando mais em exercícios militares no Pacífico ocidental, o último na semana passada, e que o "poder militar da Rússia no Extremo Oriente parece ter permanecido relativamente intacto".
"Os líderes chineses podem ter parado de falar sobre a parceria ilimitada com a Rússia, mas seus exercícios militares conjuntos falam muito."
Ao mesmo tempo, o ministro disse que Taiwan está tirando lições da operação russa na Ucrânia para fortalecer sua resiliência em relação à China.
"Para muitos observadores ao redor do mundo, a invasão [chinesa] pode não ser iminente ou inevitável e Taiwan e seus parceiros estão tentando impedir que isso aconteça."
A agenda do chanceler na Europa está sendo mantida sob sigilo, segundo a mídia, mas é ventilado que Wu vai visitar Bruxelas, sede da União Europeia, após deixar a República Tcheca.
O Ministério das Relações Exteriores da China exortou a Europa na última sexta-feira (9) a não ter nenhum intercâmbio oficial com Taiwan ou apoiar quaisquer "forças de independência".
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