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'Desconfiança e sanção': Itamaraty prepara ofício rejeitando exigências da UE para acordo, diz mídia

A ratificação para que o acordo entre a UE e o Mercosul entre em vigor parece estar cada vez mais distante de acontecer, mesmo com o bloco europeu indicando em recentes declarações que a procura fazer até o final do ano.
Sputnik
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está preparando um documento rejeitando as novas exigências ambientais para a assinatura do acordo UE-Mercosul. Atualmente, o texto está sendo analisado pelas áreas técnicas dos ministérios envolvidos na discussão, segundo a Folha de São Paulo.
A resposta brasileira deve trazer a discordância com a mudança e a avaliação de que, se forem aplicadas sanções, elas devem valer para os dois lados, e não somente para os países sul-americanos, relata a mídia.
O presidente argentino, Alberto Fernández, também defendeu ontem (13) que a nova legislação derivada do Pacto Verde Europeu se baseie em provas científicas, para que não se constitua um "meio de discriminação arbitrário ou injustificável" no âmbito do acordo.
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Nesta semana, durante a declaração conjunta entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Lula criticou a exigência ambiental extra que europeus querem no acordo com o Mercosul e disse que a premissa das negociações não deve ser "desconfiança e sanção".
Ontem (13), o parlamento francês votou contra acordo UE-Mercosul argumentando as mesmas questões ambientais. Ao mesmo tempo, exigiram que se o pacto for ratificado, uma cláusula deverá existir dizendo que se Acordo de Paris for violado, o pacto deve ser desfeito, conforme noticiado.
Apesar da preocupação ambiental europeia ter certo sentido, especialistas analisam que a demora para se ratificar o acordo junto à resistência de alguns países-membros, como a França, acontece menos por questões ambientais e mais por protecionismo europeu de sua produção agrícola, a qual o pacto pode gerar concorrência.
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