Nesta quarta-feira (14), o presidente Recep Tayyip Erdogan concedeu algumas declarações relacionadas à entrada do país escandinavo na OTAN. Segundo o líder, Ancara não vai dar o sinal verde para o ingresso enquanto policiais suecos não pararem protestos contra a Turquia em seu território.
Erdogan afirmou que a Turquia não pode abordar a candidatura de forma positiva enquanto "terroristas" protestam em Estocolmo, e que essa posição turca será esclarecida mais uma vez em conversas em Ancara hoje (14).
"Não se trata apenas de uma emenda de lei ou de uma mudança constitucional. Qual é o trabalho da polícia lá? Eles têm direitos legais e constitucionais, devem exercer seus direitos. A polícia deve impedir isso [os protestos]", disse Erdogan a repórteres em um voo voltando do Azerbaijão segundo a Reuters.
Quando fala sobre "emenda de lei", o presidente se refere à parte de um acordo sueco fechado com a Turquia em Madri, com o objetivo de abordar as preocupações de segurança de Ancara, incluindo a adoção de uma nova lei antiterrorismo neste mês.
As tensões turco-suecas foram recentemente alimentadas por um protesto anti-Turquia e anti-OTAN em Estocolmo no mês passado, quando a bandeira do grupo militante Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido na Turquia e na União Europeia, foi projetada no edifício do parlamento.
Em março, a Turquia ratificou a candidatura da Finlândia para se tornar membro da aliança militar, mas ainda se opõe à adesão da Suécia, assim como a Hungria. Ao justificar suas objeções à adesão sueca, Ancara acusou Estocolmo de abrigar membros de grupos militantes curdos que considera terroristas.