Panorama internacional

Estratégia de segurança da Alemanha: OTAN não busca confronto com Rússia, China é um rival sistêmico

Membros do Exército alemão participam de um desfile militar que marca o 104º aniversário do Exército lituano, no Dia das Forças Armadas. Vilnius, Lituânia, 23 de novembro de 2022
A Alemanha enxerga a China como um parceiro sem o qual muitas crises globais não podem ser solucionadas, mas também como um rival sistêmico, determina a primeira estratégia de segurança nacional da Alemanha da história do país adotada nesta quarta-feira (14).
Sputnik
"A China é um parceiro, concorrente e rival sistêmico. Ao mesmo tempo, vemos que nos últimos anos os elementos de rivalidade e concorrência têm aumentado", lê-se no texto do documento.
Destaca-se que "a China está tentando de várias maneiras mudar a ordem internacional existente baseada em regras" e "está repetidamente agindo contra os interesses e valores" da Alemanha. A estratégia observa que a "China está usando propositadamente seu poder econômico para alcançar seus objetivos políticos".
"Entretanto, a China continua sendo um parceiro sem o qual muitos desafios e crises globais não podem ser resolvidos. É exatamente nessas áreas que devemos aproveitar as oportunidades de cooperação", destaca o texto.
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Panorama internacional
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Nem Alemanha nem OTAN buscam confronto com a Rússia

O governo alemão considera a Rússia a ameaça mais séria à segurança e à paz na Europa em um futuro próximo, mas apoia a preservação dos canais de comunicação políticos e militares entre a OTAN e Moscou.

Berlim "aposta na manutenção de canais de comunicação políticos e militares credíveis entre a OTAN e a Rússia, a fim de reduzir os riscos estratégicos e promover a transparência". A estratégia também aponta que "nem a Alemanha nem a OTAN buscam confronto com a Rússia".

Alemanha continuará a fornecer à OTAN aviões para dissuasão nuclear na Europa

A Alemanha continuará a fornecer à OTAN aviões portadores para dissuasão nuclear na Europa, diz a nova estratégia de segurança nacional alemã publicada nesta quarta-feira (14).
"Enquanto existirem armas nucleares, para a OTAN e a segurança da Europa é necessária uma dissuasão nuclear confiável. A Alemanha continuará a contribuir para a posse conjunta de armas nucleares e continuará fornecendo aviões portadores necessários para isso", diz o documento.
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