"Os EUA e seus aliados ainda não forneceram refutações convincentes dos fatos que indicam seu envolvimento na explosão [...] A questão da investigação não está encerrada para nós e retornaremos a ela de forma apropriada e em um momento conveniente, se a situação não mudar", escreveu Polyansky.
De acordo com o diplomata, o assunto continua previsivelmente desconfortável para os representantes do Ocidente, que estão claramente nervosos ao responder às perguntas da Rússia, pedindo que a Dinamarca, a Alemanha e a Suécia não apressem as investigações.
No entanto, o representante da Rússia na ONU ressalta que nem todos os membros do Conselho de Segurança compartilham essa abordagem.
"Muitos expressaram sua perplexidade pelo fato de os alemães e escandinavos estarem demorando e ainda não terem compartilhado o progresso de suas investigações com o Conselho de Segurança. Isso pode até ser uma questão de desrespeito ao conselho, que pediu claramente aos três países que se acelerassem", acrescenta Polyansky.
Ele escreveu que é evidente que a compreensão da posição russa está crescendo, "o que já está isolando obscenamente os [representantes] ocidentais aos olhos da maioria dos membros da ONU".
As explosões ocorreram em 26 de setembro de 2022 ao mesmo tempo em dois gasodutos russos de exportação de gás para a Europa, o Nord Stream 1 e o Nord Stream 2.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartaram a possibilidade de sabotagem direcionada.
A Nord Stream AG, operadora do Nord Stream, informou que as situações de emergência nos gasodutos não têm precedentes e que o prazo dos reparos não pode ser avaliado.
Em 8 de fevereiro, o jornalista norte-americano Seymour Hersh divulgou sua versão de que os explosivos nos gasodutos foram plantados por especialistas estadunidenses, apoiados por mergulhadores noruegueses, sob a cobertura do exercício BALTOPS 2022 da OTAN, que decorreu em junho de 2022.
Ele acredita que a operação foi realizada sob ordens diretas da Casa Branca.