Seja do lado europeu, que faz novas exigências ambientais vistas com reprovação pelos países mercosulinos por serem unilaterais, ou novos pedidos sul-americanos para deixar o acordo mais justo para ambos os lados.
O governo Lula planeja pedir à UE compensações para a agricultura familiar no âmbito do acordo e o tema deve ser debatido nas conversas que acontecerão entre as duas partes na capital argentina na semana que vem, de acordo com o jornal Valor Econômico.
O governo Lula planeja pedir à UE compensações para a agricultura familiar no âmbito do acordo e o tema deve ser debatido nas conversas que acontecerão entre as duas partes na capital argentina na semana que vem, de acordo com o jornal Valor Econômico.
Apesar do Brasil ter uma das agriculturas mais competitivas do mundo, e que faz medo aos agricultores europeus, o país tem também um segmento de agricultura familiar que fica mais vulnerável e teme perder competitividade com a importação de produtos do bloco europeu quando o acordo for implementado.
A ideia em Brasília, segundo a mídia, é obter, por exemplo, programa financiado pela UE para ajudar a agricultura familiar no país a se ajustar a essa concorrência, principalmente na área de lácteos.
"Vamos entrar nessas demandas", disse uma fonte do governo Lula mencionado a agricultura familiar.
O jornal frisa que essa busca por maior cooperação no acordo também vem do lado argentino, uma vez que Buenos Aires apresentou recentemente dois documentos para a preparação da posição do Mercosul, para uma nova barganha com os europeus em torno do instrumento adicional de exigências ambientais apresentada por Bruxelas.
Na terça-feira (13) passada, a Assembleia Nacional da França aprovou uma resolução contrária ao acordo entre a UE e o bloco mercosulino com diversas exigências para que o mesmo aconteça, com principal foco na área ambiental.
A preocupação com o meio ambiente é um dos principais argumentos dos franceses quando se diz respeito ao pacto, no entanto, é bastante ventilado que a preocupação ambiental camufla um protecionismo à produção agrícola francesa.
No momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil está preparando um documento rejeitando as novas exigências ambientais para a assinatura. A resposta brasileira deve trazer a discordância com a mudança e a avaliação de que, se forem aplicadas sanções, elas devem valer para os dois lados, e não somente para os países sul-americanos, conforme noticiado.