Ao longo dos últimos anos, 13 Estados se candidataram para se juntar ao grupo BRICS, incluindo Irã e Argentina em 2022, e mais 20 manifestaram interesse, entre eles o maior país da África, a Argélia.
O BRICS, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está se tornando mais atraente para outros países, bastante por causa de sua postura pró-multilateralismo em questões geopolíticas e econômicas, observou Netswera.
Segundo ele, o BRICS parte do pressuposto que cada região tem necessidades, interesses e objetivos econômicos diferentes que devem ser apoiados para
o desenvolvimento mútuo.Ele explicou que a principal razão para a popularidade do BRICS como uma organização multipolar é que os grupos liderados por Washington "perderam sua credibilidade por um logo período".
Ele também disse que as guerras por procuração na Síria e na Ucrânia "só podem devastar as nações mais pobres enquanto enriquecem
o complexo industrial-militar e seus acionistas", e que os membros do BRICS
"tomam uma posição neutra quando se trata de guerras", insistindo que "falar de guerras e armar ambos os lados não produzirá resultados positivos"."África do Sul está atualmente enfrentando sérias pressões a esse respeito por não difamar a Rússia, mas por escolher mediar uma resolução de paz", acrescentou o professor, em um aparente aceno ao conflito na Ucrânia.
Ele tocou separadamente no impulso dos países do BRICS para rejeitar o dólar americano, um processo que Netswera alertou que pode levar tempo.
Mesmo assim, já está claro que "o dólar americano está enfrentando seu maior desafio de todos os tempos e há uma probabilidade muito alta de nunca recuperar sua posição histórica", concluiu o professor.