Panorama internacional

Vucic diz que a Sérvia está a caminho da UE, mas 'o BRICS tem um grande futuro'

A Sérvia está a caminho da União Europeia (UE), sendo improvável que consiga ingressar nos próximos quatro anos, mas o BRICS tem um grande futuro, o que se tornará uma questão para as próximas gerações de sérvios, disse o presidente Aleksandar Vucic.
Sputnik

"Quanto ao BRICS e à UE, isso se torna uma grande questão para o futuro, que certamente surgirá neste país. A Sérvia está a caminho da UE, enquanto eu sou presidente, o que é um pouco menos de quatro anos. Ela se tornará membro da UE durante este período? É óbvio que não, eles não nos querem lá", disse Vucic em um discurso aos cidadãos neste domingo (18).

Segundo ele, o nível do Estado de Direito na Sérvia ou a situação econômica não fica muito atrás do europeu, inclusive quanto aos salários e aposentadorias.
Ao mesmo tempo, segundo ele, o BRICS tem hoje 3,2 bilhões de habitantes, enquanto todo o Ocidente coletivo, todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tem apenas cerca de 950 milhões de habitantes.
Panorama internacional
Expansão do BRICS: segundo professor, organizações lideradas pelos EUA 'perderam sua credibilidade'
Vucic acha que o BRICS terá de estreitar os laços e resolver disputas entre os países-membros para serem próximos como são hoje os países ocidentais.

"O BRICS tem um grande futuro, sem dúvida, e não sei o que a Sérvia fará daqui a 15-20 anos", disse o líder sérvio.

Vucic apontou que, se a Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Nigéria, os países da América Latina, Bangladesh, Irã se juntarem ao BRICS, "então o mapa do mundo vai mudar dramaticamente e, em 20 anos, vai parecer muito diferente".
Ele especificou que agora os países-membros do grupo, com 42,9% da população mundial, produzem 31% do PIB mundial e podem atrair um grande número de países que querem sair do domínio do Ocidente, "o que será uma questão para as futuras gerações de sérvios".
Panorama internacional
Analista: seis Estados 'hesitantes' decidirão o futuro da geopolítica; Brasil é um deles
Comentar