EUA preparam presença militar em porto do Ártico para contrariar Rússia e China na região

O Exército dos EUA planeja começar a ampliação do porto de Nome, no Alasca, para aumentar a quantidade de embarcações que ele pode receber.
Sputnik
Os EUA planejam criar um porto de águas profundas no Ártico para acomodar uma maior capacidade de navios, incluindo meios militares, segundo a agência norte-americana Associated Press.
Ela fala de uma expansão para o dobro do porto de Nome, no estado do Alasca, que permitiria pela primeira vez atracar navios grandes, com capacidade de até 4.000 pessoas. Atualmente apenas pequenas embarcações podem atracar nele, enquanto as maiores ancoram ao largo.
Se o projeto for concluído, um total de sete a dez navios poderá entrar no porto, contra os três atuais. Os porta-aviões serão os únicos tipos de navios que seguirão sem poder atracar.
A iniciativa, cujo desenvolvimento ativo deverá começar em 2024, custará US$ 600 milhões (R$ 2,87 bilhões), tendo em conta as verbas federais e estaduais dos EUA.
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A construção é auxiliada pelo crescente degelo na região do Ártico, particularmente a partir de 2009, o que permitiu aumentar o número de trânsitos marítimos anuais de 262 para 509.
"Seremos o primeiro porto de águas profundas do Ártico, mas provavelmente não seremos o último", disse John Handeland, prefeito de Nome, onde vivem 3.500 pessoas.
Um dos objetivos é "combater a presença de navios russos e chineses no Ártico", escreveu no domingo (18) a AP. Dan Sullivan, senador dos EUA, disse que o porto ampliado se tornará a peça central da infraestrutura estratégica dos EUA no Ártico.
Os militares estão aumentando os recursos no Alasca, colocando caças em bases, estabelecendo uma nova divisão aerotransportada do Exército no Alasca, treinando soldados para futuros conflitos em climas frios e instalando capacidades de defesa contra mísseis.
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