"À medida que os compromissos com ambas as partes e com os líderes africanos continuam, esperamos que, conforme o processo avança, seja possível estabelecer uma base para a redução do conflito e para a negociação, as duas pré-condições cruciais para uma paz duradoura", disse o presidente sul-africano, citado pela Agência de Notícias do Governo da África do Sul.
Ele acrescentou que os líderes africanos, durante as visitas à Rússia e à Ucrânia, explicaram o impacto do conflito sobre as pessoas em seus países e acreditam que podem contribuir com os esforços internacionais para resolvê-lo.
Ele chamou novamente a missão dos líderes africanos de "histórica", pois foi "a primeira vez que os líderes africanos saíram em uma missão de paz fora do continente".
Ramaphosa também notou que a recepção calorosa que teve tanto em Moscou quanto em Kiev é um sinal de que a proposta dos líderes africanos será levada a sério.
"Uma das principais conquistas da missão de paz foi a recepção positiva que recebemos de ambos os lados, o que consideramos encorajador e que nos dá motivos para otimismo de que as propostas serão levadas em consideração", disse ele.
O líder da África do Sul declarou ainda que a vida das pessoas é a principal prioridade para ele e para os outros líderes africanos e que "tudo deve ser feito" para acabar com as hostilidades.
No sábado (17), a delegação de líderes africanos realizou uma reunião com o presidente russo.
A delegação incluía o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, o presidente senegalês Macky Sall, o presidente de Comores e atual presidente da União Africana, Azali Assoumani, e o presidente zambiano Hakainde Hichilema.
Eles apresentaram uma iniciativa africana de resolução da crise ucraniana, composta por dez pontos, incluindo garantias de segurança, a liberdade de transporte de cereais através do mar Negro, a libertação de prisioneiros de guerra e o início das negociações o mais rápido possível.