"Autoridades dos EUA rastrearam funcionários das empresas de telecomunicações chinesas Huawei Technologies e ZTE entrando e saindo de supostas instalações de espionagem chinesas em Cuba", escreve o jornal citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O The Wall Street Journal não tem informações se o governo Biden continuou essas atividades, mas, na época de Trump, a inteligência norte-americana estava analisando dados de que as empresas chinesas "poderiam estar desempenhando um papel na expansão da capacidade da China de espionar os EUA a partir da ilha".
O artigo aponta que, embora nem a Huawei nem a ZTE sejam conhecidas por fabricar dispositivos de espionagem para governos, as autoridades norte-americanas suspeitavam de que as empresas poderiam construir servidores e equipamentos de rede que poderiam ser usados para transmitir dados da ilha para a China.
A Huawei e a ZTE já negaram as acusações, afirmando que não têm "qualquer fundamento".
Os representantes da Huawei acrescentaram também que a empresa está "comprometida com a total conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis onde opera".
Fontes da mesma mídia informaram anteriormente que a China e Cuba estavam em negociações para estabelecer um centro de treinamento militar conjunto na ilha e que a China estaria usando supostamente uma base militar em Cuba para coletar informações sobre os Estados Unidos desde 2019.
Em 9 de junho, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba desmentiu as informações sobre um acordo com a China para a construção de uma base militar destinada a espionar os Estados Unidos.
Mais cedo, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho Nacional de Segurança dos EUA, John Kirby, disse que seu país está ciente dos relatos de um suposto acordo entre a China e Cuba para criar uma base de espionagem chinesa na ilha, mas afirmou que são "falsos".