O gabinete do secretário-geral da ONU e todos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU disseram à emissora que não vão discutir os recentes desenvolvimentos na Rússia.
A embaixadora dos Emirados Árabes Unidos e presidente do Conselho de Segurança da ONU (CSNU), Lana Zaki Nusseibeh, disse à mídia que não houve pedidos para a ação do órgão.
Na sexta-feira (23), o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) abriu um processo criminal por incitar motim armado devido a declarações feitas em nome de Prigozhin. O FSB disse que havia uma ameaça de escalada em território russo. O Ministério da Defesa da Rússia disse que os relatos da mídia social de supostos ataques militares russos do Grupo Wagner aos campos não eram verdadeiros.
O presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado à nação no sábado (24), no qual descreveu as ações do Grupo Wagner como um motim armado e traição, e prometeu medidas duras contra os insurgentes.
No final do dia, o gabinete presidencial belarusso disse que Prigozhin havia concordado com a proposta do presidente belarusso Aleksandr Lukashenko de interromper o movimento das tropas de Wagner na Rússia e tomar novas medidas para acalmar a situação. Prigozhin posteriormente confirmou a informação, dizendo que as tropas de Wagner estavam voltando para seus acampamentos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres na noite de sábado que o processo criminal contra Prigozhin foi arquivado e que ele partiria para Belarus sob garantias dadas por Putin. O porta-voz acrescentou que os membros do Grupo Wagner que estiveram envolvidos nos eventos de sábado não vão ser processados, dado o seu distinto serviço durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia.