"Inúmeras ligações ao presidente Putin, que foram utilizadas por seus colegas para expressar solidariedade, apoio e confiança de que a situação estará sob controle, que será devolvida ao campo constitucional, como, de fato, aconteceu", afirmou Lavrov.
"Muitos deles expressaram os mesmos pensamentos: solidariedade, a crença de que não permitiríamos nenhuma tentativa de minar a unidade do Estado, de minar o sucesso da operação militar especial."
Ele destacou que "foi especialmente enfatizado: os EUA assumem que tudo é um assunto interno da Federação da Rússia".
"Acho que até mesmo um estudante do oitavo ano entenderá a posição de Macron, que Macron claramente viu no curso atual dos eventos uma chance de perceber a ameaça, como o mantra repetido pelos líderes da OTAN, de que a Ucrânia infligiria uma derrota estratégica à Rússia. Tendo em mente, naturalmente, não a Ucrânia, mas todo o campo ocidental. Como o presidente [Vladimir Putin] disse no sábado [24]: toda a máquina militar, econômica e de informação do Ocidente coletivo está trabalhando contra nós", sublinhou o ministro russo.
"Eles relataram que a inteligência americana sabia sobre o motim planejado por vários dias, mas decidiram não contar a ninguém. Aparentemente, na esperança de que a rebelião tivesse sucesso", disse o ministro.
"Com parceiros e amigos, não. Com todos os outros - eu não me importo, para ser honesto", disse Lavrov em uma entrevista à RT, respondendo à pergunta se os eventos em torno da rebelião de Prigozhin afetarão as relações de Moscou com outros países.