Sobre Venezuela e Cuba, Lula disse que ambos são bons pagadores, mas que o distanciamento do governo anterior interrompeu as tratativas para quitação das dívidas, as quais o valor já ultrapassou US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,29 bilhões), segundo o UOL.
"É verdade que a Venezuela não pagou. O governo brasileiro fechou as portas, [mas] foram praticamente quatro anos sem relação […] conversei com Maduro, falei que é preciso começar a acertar o pagamento da dívida e ele vai acertar, Cuba vai acertar porque todos são bons pagadores", afirmou.
Em particular sobre Caracas, Lula foi indagado do porquê ele "e parte da esquerda" tem "tanta dificuldade de considerar a Venezuela uma ditadura". Sua resposta foi: "O conceito de democracia é relativo para você e para mim".
Ao mesmo tempo, o mandatário também defendeu o investimento brasileiro em países estrangeiros citando China, Índia e Turquia.
"Precisamos pensar grande. Veja o que a China, Índia e Turquia estão fazendo no mundo, colocando dinheiro em outros continentes […] o Brasil não pode permitir que a China coloque swap de US$ 30 bilhões [R$ 145 bilhões] para que a Argentina compre produtos chineses e o Brasil, que tinha balança comercial de US$ 40 bilhões [R$ 193 bilhões] com a Argentina, não coloque nada e deixe os produtos brasileiros aqui na prateleira", declarou.
Lua acrescentou que o pensamento além fronteiras de investimento "é competitividade. O Brasil precisa sim financiar empresários brasileiros, exportações brasileiras", complementou.