A queima do Alcorão por ativistas em Estocolmo na semana passada foi "uma ação extraordinariamente provocativa, anti-islâmica e anti-humana", que não pode ser defendida de forma alguma, disse Numan Kurtulmus ao jornal Milliyet. Suécia afirma ser um país democrático, onde diferentes crenças e ideias são respeitadas, mas isso provou ser "falso", disse ele.
O fato de Ancara ter aprovado a solicitação da Finlândia para se juntar à OTAN não significa que a mesma coisa acontecerá com a candidatura sueca, enfatizou o parlamentar.
Ancara tem acusado Estocolmo de ter pouca vontade de entregar "terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo) e outros grupos associados, que são considerados terroristas pelas autoridades turcas. A aprovação de todos os Estados-membros é necessária para que a aliança consiga aceitar entrada de um novo membro.
"Eles [Suécia] se envolvem em ações provocativas e, ao mesmo tempo, pedem aprovação para se juntar à OTAN. Desculpe, mas a Turquia é um país que mantém a sua palavra. O que quer que diga, o que quer que prometa, ela cumpre, mas também queremos que os outros cumpram a sua palavra. Para a Suécia, que não cumpre suas promessas, esperar a adesão à OTAN é apenas um sonho", disse Kurtulmus.
Entretanto, ele disse que a Turquia "não se opôs categoricamente" a que Estocolmo se tornasse membro da OTAN, mas para que isso aconteça "a Suécia tem que fazer sua própria lição de casa".
Na semana passada, o líder da Turquia Recep Tayyip Erdogan condenou o último ato de queima do Alcorão na Suécia, classificando-o como "desprezível", e prometeu que Ancara não cairia em tais provocações.