Nesta terça-feira (4), o Ministério das Relações Exteriores holandês afirmou que o bloco europeu vai responder às novas regras introduzidas pela China, as quais exigem uma licença para exportar dois metais amplamente utilizados na fabricação de semicondutores, relata a Reuters.
"Até que ponto isso terá consequências para a economia europeia e holandesa dependerá de como a China o realizar [...] dada a autoridade que a União Europeia tem na política comercial, cabe principalmente à UE abordar a China sobre essas medidas [...]", afirmou a chancelaria holandesa.
Ontem (3), Pequim decidiu restringir a exportação de gálio e germânio em resposta às recentes restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos e aliados, incluindo os Países Baixos, com o objetivo de retardar seus avanços tecnológicos e militares.
Mais cedo na terça-feira (3), a União Europeia disse estar preocupada com as restrições chinesas e pediu que limitasse tais restrições apenas às estritamente necessárias para sua segurança nacional.
O bloco europeu supervisiona a política comercial dos Estados-membros, que têm um mercado interno único para bens e serviços, mas o governo holandês argumentou que seus controles de exportação eram uma questão de segurança nacional, o qual depende de cada país-membro da UE.
"[...] Manteremos contato próximo com a Comissão Europeia e outros Estados-membros da UE sobre isso", afirmou Amsterdã.
A China impôs esta semana novas restrições à exportação de dois minerais críticos para a produção de semicondutores, sistemas de mísseis e até células solares usadas no espaço. Gálio, germânio e diversos materiais estarão sujeitos a controles muito mais rígidos a partir de 1º de agosto por "proteção da segurança e interesses nacionais".