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'Bolsonarismo e direita perderam com 8 de janeiro, não ajudou em nada', diz Arthur Lira

Líder acredita que as invasões ocorridas em Brasília "não representam a direita" como um todo, sublinhando que foi "um movimento radical e, como tal, deve ter o tratamento duro e rigoroso da lei". No entanto, Lira considera a revolta com o resultado eleitoral "compreensível".
Sputnik
Nesta semana a figura política do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ganhou os holofotes com a aprovação da reforma tributária na Casa. Apesar da forte articulação feita pelo governo Lula para que a reforma passasse, Lira teve seu destaque e empenho.
A ação foi bastante reprovada pela oposição, principalmente a ala bolsonarista, que votou em peso contra a reforma.
Em entrevista para revista VEJA, Lira falou pela primeira vez com maior detalhamento sobre as invasões em Brasília no dia 8 de janeiro. O líder da Câmara disse que, em 12 anos como deputado, nunca tinha visto uma manifestação tão violenta como aquela e fez críticas ao movimento.
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"Acho que a direita e o bolsonarismo perderam. Porque, no primeiro momento, a associação [da invasão com a direita] foi latente, direta. Mas eu não posso ser irresponsável de dizer que aquilo representa a vontade de todo mundo [...] que pensa como a direita", afirmou. Lira considera a revolta com o resultado eleitoral "compreensível", mas disse que aquela reação não foi "aceitável".

"Serviu de alerta para alguns movimentos, não ajudou em nada. Eu sempre coloquei que aquele era um movimento muito radical que não representa o pensamento médio da direita no Brasil. Nem todas as pessoas conservadoras pensam e agem daquela maneira, muito pelo contrário. Aquele movimento não era um movimento de pensamento geral, era um movimento radical e, como tal, deve ter o tratamento duro e rigoroso da lei", afirmou o deputado.

O presidente da Câmara também fez críticas aos órgãos de controle – tanto os do governo federal quanto os do Distrito Federal – e disse que, apesar dos alertas de uma manifestação violenta, não houve nenhum reforço na segurança.

"Eu penso que o 8 de janeiro vai ficar para a história. Eu só peço o trabalho que passe para a história sem versões, com a realidade nua e crua do que aconteceu, e com seus responsáveis penalizados", afirmou.

Lira já demonstrou sua amizade com o ex-presidente, Jair Bolsonaro, em diversos momentos e fez campanha para ele na última corrida presidencial.
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