Kiev intensificou o recrutamento de mercenários na Ásia, América Latina e Oriente Médio em meio à falha dos planos de mobilização e a fim de ocultar as pesadas perdas das Forças Armadas da Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira (10) o Ministério da Defesa da Rússia.
"Segundo os dados existentes, devido às altas perdas de pessoal, o regime de Kiev iniciou no último mês o recrutamento de mercenários estrangeiros na Argentina, Brasil, Afeganistão, Iraque e em áreas controladas pelos EUA na Síria", disse.
Segundo o ministério, tal atividade também acontece na Polônia, Reino Unido, EUA, Canadá, e está sendo auxiliada pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA e empresas militares privadas controladas por ela, tais como Academy, Cubic e Dyn Corporation.
"Os grupos mais numerosos vieram da Polônia (mais de 2.600 pessoas), dos EUA e do Canadá (900 ou mais pessoas), da Geórgia (mais de 800 pessoas), do Reino Unido e da Romênia (700 ou mais pessoas cada), da Croácia (mais de 300 pessoas), e também da França e da parte da Síria controlada pela Turquia (200 ou mais pessoas cada)", comunicou o Ministério da Defesa da Rússia.
O Ministério da Defesa russo mencionou que os mercenários estrangeiros estão sendo usados como primeira "bucha de canhão", então a única escolha que têm é fugir da Ucrânia ou perder a vida em combate. Os comandantes ucranianos não estão sendo responsabilizados pelas perdas, acrescentou a entidade.
"De acordo com informações obtidas durante interrogatórios de militares ucranianos capturados, os comandantes das unidades das Forças Armadas da Ucrânia que operam na linha de contato não são responsabilizados por perdas entre mercenários estrangeiros."
Durante a operação militar especial, até 30 de junho, apontou o órgão russo, foi confirmada a eliminação de 4.845 mercenários estrangeiros, principalmente dos EUA, do Canadá e de países europeus. Além disso, 4.801 teriam fugido da Ucrânia em resultado de seu tratamento por Kiev.
"As Forças Armadas russas continuarão eliminando os mercenários estrangeiros durante a operação militar especial, independentemente de sua localização no território da Ucrânia", assinalou a Defesa da Rússia.