"Nem o primeiro-ministro britânico [Rishi Sunak] nem qualquer um dos líderes da OTAN disse que isso [a entrega de munições cluster] ameaça a unidade da OTAN [...]. Há um amplo entendimento sobre por que os Estados Unidos tomaram essa decisão", disse ele em uma coletiva de imprensa em Vilnius, que foi transmitida no canal do YouTube da Casa Branca.
Além disso, segundo Sullivan, Washington considera a entrega de bombas de fragmentação a Kiev uma medida temporária enquanto os Estados Unidos aumentam a produção de munições de artilharia em quantidades suficientes.
"Vemos isso [a decisão de fornecer munições cluster] como uma solução temporária, porque há alguns meses começamos a aumentar a produção de munições de artilharia. Uma vez que tenha atingido o nível exigido e a produção de munições seja capaz de atender às necessidades da Ucrânia, o fornecimento de munições cluster não vai ser mais necessário", disse ele.
Comentando quanto tempo as munições cluster poderiam continuar a ser entregues para a Ucrânia, Sullivan observou que "pode levar meses".
Os Estados Unidos divulgaram na sexta-feira (7) um novo pacote de assistência militar para a Ucrânia, o qual inclui munições cluster, também conhecidas como bombas de fragmentação.
Uma munição ou bomba de fragmentação é uma arma extremamente letal que contém várias submunições explosivas ou minibombas. Estas bombas são normalmente lançadas de aviões ou disparadas de terra ou do mar. Elas se abrem no ar e libertam dezenas ou centenas de submunições, que podem cobrir uma área do tamanho de vários campos de futebol, ou mais de 300 metros quadrados.
As munições cluster são proibidas em mais de 100 países. Eles normalmente liberam um grande número de pequenas bombas que podem matar indiscriminadamente em uma área ampla e aquelas que não explodem representam um perigo por décadas após o término do conflito.