A Marinha dos Estados Unidos tem 49 submersíveis antissubmarino rápidos, mas quase 40% desta frota está desativada, relata a revista alemã Der Spiegel citando um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA.
De acordo com o relatório, os submarinos correspondentes estão atualmente em reparo ou aguardando uma data para manutenção. A falta de trabalhadores qualificados, bem como a falta de espaço nos estaleiros responsáveis e problemas nas cadeias de suprimentos são citados como razões para os atrasos. Algumas peças de reparo, por exemplo, apenas podem ser compradas de um fabricante.
Além disso, segundo os dados no relatório, os números atuais estão claramente desalinhados com os objetivos da Marinha dos EUA, enfatiza a revista alemã. Em particular, apenas um quinto da frota de ataque de alta velocidade deve estar em reparos em um dado momento.
Assim, não deve haver tempo de inatividade por os submarinos precisarem esperar por reparos ou manutenção.
Como observa Der Spiegel, a última vez que a Marinha dos EUA conseguiu atingir essa meta foi no ano fiscal de 2015. No momento eram dez os submarinos da frota de ataque rápido que estavam sendo reparados simultaneamente. Desde então, a cota tem sido regularmente excedida.
No momento, esse valor é de 37%, o que é um número recorde, escreve a publicação. Além disso, o número de submarinos rápidos de ataque diminuiu. Há dez anos, a frota tinha 53 submarinos em vez dos atuais 49.
"A Marinha [dos EUA] continua a cumprir todos os seus requisitos operacionais", disse a representante da Marinha em entrevista à televisão americana CNN. Foi relatado que a Marinha planeja comprar no futuro dois submarinos rápidos adicionais a cada ano.
No entanto, de acordo com a mídia, nos próximos anos os números permanecerão baixos. Como observa a publicação, após o fim da Guerra Fria os EUA compraram apenas alguns submarinos.
A situação agrava-se por causa das obrigações do acordo Austrália–Reino Unido–EUA conhecido como AUKUS, que foi criado para implementar um projeto que envolve diretamente a infraestrutura nuclear de um Estado nuclear no território de um Estado não nuclear. Assim, os Estados Unidos se comprometeram a fornecer de três a cinco submarinos rápidos de ataque no início da década de 2030, informou a Der Spiegel.