Cantamutto assinalou que o FMI não mantém "uma visão realista dos efeitos da mudança climática" na economia de seus devedores, pelo que não tem tido em conta que a seca "já fez perder US$ 19 bilhões [R$ 90,91 bilhões] em exportações" ao país.
"A China, como principal mutuante oficial mundial, está pressionando para que o FMI tenha certa flexibilidade em relação à Argentina. Caso contrário, estaria em condições de fazer uma espécie de resgate, alterando o credor e modificando o peso específico dos poderes em jogo na Argentina", explicou o especialista.
O especialista destacou que a Argentina se encontra atualmente "prestando contas de um nefasto acordo, reestruturado em meio a um processo eleitoral que obriga todos os candidatos a fazer fila para prestar contas ao FMI" mas, ao mesmo tempo, dentro de "um contexto internacional de disputa geopolítica" marcado pela rivalidade entre os EUA e a China.