O ataque terrorista na Ponte da Crimeia resultou na morte de civis e uma criança ficou sem pais, disse nesta segunda-feira (17) Vladimir Putin, presidente da Rússia.
"Esta noite, outro ato terrorista foi cometido na ponte [da Crimeia]. Civis foram mortos, uma criança foi ferida e ficou sem seus pais. A família estava viajando da região de Belgorod para a Crimeia", disse Putin em uma vídeoreunião sobre a situação perto da ponte.
"É um crime sem sentido, do ponto de vista militar é totalmente irrelevante, já que a Ponte da Crimeia não é usada para transporte militar há muito tempo. Também é cruel porque civis inocentes sofreram e morreram", continuou ele.
Putin pediu que seja oferecido todo o tipo de ajuda à menina que perdeu seus pais, aos seus familiares, a todos os afetados pelo encerramento da Ponte da Crimeia, e que o sucedido "seja estudado".
"Foram dadas instruções ao FSB [Serviço Federal de Segurança russo], ao Comitê de Investigação e a várias outras agências para analisar o incidente em detalhes", instruiu o alto responsável, acrescentando que espera um reforço nas medidas de segurança em torno da instalação.
Segundo Marat Khusnullin, vice-premiê da Rússia, ele inspecionou uma parte do tabuleiro da ponte, e ela colapsou, tendo que ser desmontada. Ao mesmo tempo, informou, não houve nenhum dano aos pilares de suporte.
"Essa é uma boa notícia, se é que podemos falar aqui de alguma boa notícia. Mas o fato de os pilares de suporte não terem sido danificados é o mais importante", respondeu Vladimir Putin.
Por fim, o presidente russo prometeu uma resposta a este ataque.
"É claro que haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está preparando propostas relevantes."
O Comitê Nacional Antiterrorista da Rússia relatou que Kiev lançou um ataque terrorista contra a Ponte da Crimeia às 03h00, horário local (21h00, no horário de Brasilia) de segunda-feira (17) usando dois drones navais de superfície. A via rodoviária da ponte foi danificada, matando dois adultos e ferindo uma criança. O Comitê de Investigação russo estabeleceu os perpetradores do ataque como vindo da Ucrânia.