Em menos de dois meses, no dia 15 de setembro, é necessário reabrir as fronteiras aos cereais provenientes da Ucrânia de acordo com a decisão da Comissão Europeia, disse o primeiro-ministro na sequência de uma reunião de ministros da Agricultura dos países vizinhos à Ucrânia.
"Ou a Comissão Europeia concorda em desenvolver um regulamento geral que estenderá essa proibição, ou nós mesmos o faremos. Seremos firmes, seremos decisivos e definitivamente defenderemos o agricultor polonês", disse Morawiecki.
No dia 23 de junho, a Comissão Europeia aprovou a alocação de cerca de € 1 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões) sob o plano do governo polonês de apoiar os produtores agrícolas domésticos que enfrentam inúmeros problemas causados pelo influxo de grãos baratos da Ucrânia.
De acordo com o comunicado do órgão, na ocasião, a ajuda vai consistir em doações diretas destinadas a reduzir a escassez de liquidez causada pelo aumento do custo dos fertilizantes minerais e pela falta de estabilidade no mercado agrícola.
Em abril, Polônia, Hungria, Eslováquia e Bulgária proibiram as importações de produtos agrícolas ucranianos, citando a necessidade de proteger os agricultores domésticos do influxo descontrolado de grãos baratos ucranianos. Os primeiros-ministros dos quatro países e da Romênia também instaram a Comissão Europeia a introduzir medidas para neutralizar os efeitos negativos do aumento das importações de grãos ucranianos.
A Ucrânia obteve um acordo comercial temporário de isenção de impostos com a UE em junho de 2022. Em março de 2022, a UE também lançou corredores verdes para facilitar o trânsito de grãos ucranianos para o mercado mundial em meio à operação militar especial da Rússia. No entanto, o grão barato da Ucrânia acabou inundando os mercados da UE, provocando indignação entre os agricultores locais.